Alguns comentários sobre a obra Entre o Hoje e o Amanhã
segunda-feira, 21 de julho de 2025
Comentários sobre a obra Entre o Hoje e o Amanhã.
Entre o Hoje e o Amanhã: uma travessia de consciência e esperança
Entre o Hoje e o Amanhã: uma travessia de consciência e esperança
Entre o Hoje e o Amanhã, de Agostinha Monteiro, não é apenas um livro para ser lido – é um convite à escuta interior, um diálogo profundo entre o presente e o futuro, entre o que somos e aquilo que poderemos ser. Com a sensibilidade que lhe é característica, a autora propõe uma jornada reflexiva que transcende o tempo cronológico e mergulha nas camadas da existência humana, onde cada gesto do presente constrói, silenciosamente, os alicerces do amanhã.
Do ponto de vista pedagógico, esta obra oferece múltiplas possibilidades de abordagem. É, antes de mais, um excelente ponto de partida para a educação da interioridade, tema cada vez mais urgente numa sociedade marcada pela velocidade, pela dispersão e pela superficialidade. A autora convida o leitor a parar, a contemplar, a questionar. O “hoje” não surge como espaço fechado, mas como chão fértil onde se semeiam intenções, valores, escolhas conscientes. E o “amanhã”, longe de ser uma promessa vaga, torna-se responsabilidade ética: o reflexo de tudo o que se cultiva no tempo presente.
A linguagem poética e simbólica do texto permite ao leitor entrar num ritmo diferente do habitual. A leitura torna-se uma prática meditativa, quase ritual, em que cada palavra transporta densidade e afeto. A autora não oferece respostas prontas – provoca inquietações, e é nessa inquietação que reside a sua força formativa. Para o educador, este livro pode ser trabalhado como instrumento de desenvolvimento emocional e espiritual, em ambientes escolares, comunitários ou terapêuticos.
Num tempo em que a educação tende a privilegiar a produtividade e o desempenho, Entre o Hoje e o Amanhã resgata a importância do ser sobre o ter, do silêncio sobre o ruído, da escuta sobre a imposição. Convida a pensar o futuro não como fatalidade, mas como construção. E isso implica, necessariamente, uma postura ética e atenta no presente.
Em suma, a autora recorda-nos que cada gesto, por mais pequeno que seja, contém em si a possibilidade de transformação e que o verdadeiro amanhã não começa num tempo distante, mas no modo como escolhemos viver o agora.
Agostinha Monteiro
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